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Descubra mais sobre o transporte retroportuário

Escrito por Global Sollis | May 6, 2025 12:07:29 PM

Na cadeia logística global, o transporte retroportuário se torna uma alternativa extremamente vantajosa. E sobretudo em países com extensa malha hidroviária e portuária, como o Brasil.

Em linhas gerais, esse tipo de transporte consiste no movimento de cargas dos portos para os centros de produção, consumo ou pontos de escoamento.

Nesse sentido, ao compreender esse conceito, empresas, gestores e profissionais de logística podem otimizar processos, reduzir custos e aumentar a eficiência operacional.

Dessa forma, no artigo de hoje você vai descobrir os principais aspectos do transporte retroportuário. Veja suas modalidades, importância no contexto nacional e os principais desafios enfrentados.

O que é transporte retroportuário?

O transporte retroportuário engloba o conjunto de atividades e operações destinadas a retirar mercadorias dos terminais portuários. Depois, encaminhá-las ao interior do território.

Ele representa o movimento “de retorno” das cargas. Ou seja, do porto para os clientes finais, centros de distribuição, indústrias ou até mesmo para outros terminais multimodais.

Diferentemente de transportes como o marítimo ou fluvial de longa distância, o retroportuário utiliza outros modais. Inclui-se, por exemplo, o terrestre (rodoviário, ferroviário e rodoviário leve) e hidroviário (cabotagem ou navegação interior), sempre considerando a oferta de infraestrutura e as rotas ideais.

Aspectos operacionais

O transporte retroportuário abrange diversos aspectos operacionais, incluindo:

  • Recebimento de carga: inclui desembaraço aduaneiro, inspeção e armazenagem temporária;
  • Consolidação e desconsolidação: agrupamento ou separação de cargas de diferentes importadores e exportadores;
  • Transbordo multimodal: troca de modal (por exemplo, de navio para caminhão ou trem);
  • Distribuição final: transporte até o destino definitivo, seja ele industrial, comercial ou agrícola.

Importância e contexto no Brasil

O Brasil possui uma extensa costa marítima de mais de 7.000 km. E também uma rica rede hidroviária, sobretudo na Amazônia e no Centro-Oeste.

Em paralelo, dispõe de rodovias e ferrovias que se conectam a portos de grande movimentação, como Santos (SP), Paranaguá (PR) e Itajaí (SC).

Por isso, o transporte retroportuário assume papel estratégico. Ele garante a integração entre os portos e os polos econômicos espalhados pelo país. Nesse sentido, veja alguns cenários bastante comuns por aqui:

  • Agroindústria: grandes volumes de soja, milho, açúcar e celulose precisam escoar do interior para exportação. E depois, retornar insumos e bens manufaturados;
  • Mineração: minério de ferro e outras commodities têm espaço relevante. E isso sobretudo na malha ferroviária que liga Minas Gerais a portos no Espírito Santo;
  • Setor automotivo: importação de peças e insumos, além da exportação de veículos, dependem de sons conectores retroportuários para chegar às fábricas e centros de distribuição.

Modalidades de transporte retroportuário

Como vimos, existem diversas modalidades de transporte retroportuário. Entre as principais, destacamos:

Rodoviário

O modal rodoviário é o mais flexível e de cobertura nacional quase que imediata. Caminhões leves, semirreboques e carretas conectam terminais portuários a centros urbanos e indústrias.

Tem como principal vantagem a alta frequência de viagens, adaptabilidade a pequenos lotes, e janelas de entrega flexíveis. Por outro lado, há a dependência do estado de rodovias e maior emissão de gases poluentes por tonelada-quilômetro.

Ferroviário

A ferrovia destaca-se pela capacidade de movimentar grandes volumes a longas distâncias com menor custo por tonelada. No Brasil, empresas usuais operam em vias que ligam o interior aos portos do Sudeste e do Sul.

As vantagens envolvem a economia de escala, menor pegada de carbono e segurança de carga. Porém, há maior necessidade de integração com outros modais.

Hidroviário

A navegação de cabotagem (entre portos nacionais) e a navegação interior (rios e hidrovias) oferecem um meio-termo entre rodoviário e marítimo de longo curso. Entre os benefícios, destaque para o custo competitivo, sustentabilidade e descongestionamento de rodovias.

Mas esse transporte possui uma dependência de calado e dragagem e da sazonalidade de níveis de rios.

Por fim, temos ainda a multimodalidade, que consiste na combinação de dois ou mais modais em uma mesma cadeia.

Diferenças entre transporte portuário e retroportuário

Agora vamos esclarecer outra dúvida muito comum: as diferenças entre transporte portuário e retroportuário. O transporte portuário refere-se às operações de movimentação de cargas que ocorrem dentro dos limites do porto. Ele inclui todas as atividades entre:

  • Berços de atracação (cais)
  • Armazéns, pátios e silos portuários
  • Equipamentos de carga e descarga (guindastes, empilhadeiras etc.)

Já o transporte retroportuário, como vimos antes, engloba o transporte de mercadorias entre o porto e seu entorno terrestre. Ou seja, sai dos limites da instalação portuária para:

  • Rodovias
  • Ferrovias
  • Hidrovias interiores
  • Oleodutos e gasodutos

Principais desafios do transporte retroportuário

Antes de encerrar, não podemos deixar de citar que o transporte retroportuário possui seus próprios desafios (assim como os demais transportes). Nesse caso, podemos destacar os principais:

  • Infraestrutura Rodoviária e Ferroviária Insuficiente: muitas rodovias de acesso aos terminais portuários operam perto do limite, com trechos de pista simples e baixa condição de pavimento, gerando lentidão e maiores tempos de viagem;
  • Gargalos Ferroviários: a malha ferroviária muitas vezes é deficiente, o que limita o porte e a frequência de trens. Consequentemente, há maior dependência do modal rodoviário, mais caro e menos sustentável;
  • Congestionamento e Tempo de Espera: filas de caminhões na praça de pesagem, na balança e nos gate de entrada/saída aumentam o dwell time (tempo de espera). Isso eleva custos de armazenagem e de ociosidade de veículos;
  • Horários de Pico: a concentração de desembarques e embarques em janelas estreitas causa filas e atrasos, especialmente em terminais com infraestrutura restrita;
  • Sustentabilidade e Impactos Ambientais: caminhões rodoviários respondem por boa parte da poluição gerada pelas cadeias de transporte portuárias. A transição para modais mais limpos (trens, barges) esbarra em custos e falta de infraestrutura.

Mas para todos esses desafios, há soluções! Nesse sentido, o primeiro passo é contar com parceiros confiáveis e eficientes. A boa notícia é que você acaba de encontrar esse parceiro! Veja nossa dica final.

Dica final

O transporte retroportuário é a conexão vital entre o mar e o interior do país. Ele sustenta a economia nacional e o comércio exterior.

Compreender seus modais, desafios e inovações permite que empresas logísticas e embarcadores identifiquem oportunidades de otimização, reduzam custos e atendam às demandas por sustentabilidade.

Assim, para auxiliar na logística das suas mercadorias e encontrar as melhores soluções para um comércio internacional eficiente, converse com a equipe da Global Sollis.

A Global Sollis conecta empresas e mercados globais por meio de soluções inovadoras, com foco no comércio exterior. Deste modo, você reduz custos e garante um serviço de qualidade para clientes, parceiros e fornecedores.

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